Translate

quarta-feira, 8 de abril de 2015


JESUS CELEBROU A PÁSCOA, NÃO A CEIA
Para introduzir o assunto milenar, que ora detenho-me a comentar, quero ressaltar, aquilo que todos, sem exceção o sabem, ou pelo menos deveriam saber; que a atual dispensação que vivemos, é a dispensação da graça, ou seja, da fé; quando o Senhor Jesus disse que, se tu creres verás a glória de Deus.
O debate dos apóstolos na Assembléia de Jerusalém, registrado em Atos 15 ( quinze), deixa evidenciado que, a Igreja gentílica, não deveria ser composta de rituais; claro, outros podem ter as mais diversas interpretações, a minha recomendação simples, é para que estudem seriamente, antes de fazerem qualquer afirmativa, e é claro, saber que a Bíblia não é interpretada por dedução, mas sim por revelação. É muito aconselhável antes de fazer quaisquer afirmativas, dizendo que a Bíblia diz, se perguntar se és capaz de apostar a vida no que busca afirmar; pois se não fores, CERTAMENTE, estarás em condenação. Isto, é claro, não é auto sugestão, mas sim, a testificação do Espírito Santo que testifica com o nosso espírito ( Rm. 8.16).
Sabemos que a Páscoa significa a libertação de Israel do cativeiro egípcio. Deus os concedeu este ritual que tipifica Cristo, como memorial de uma libertação, que jamais qualquer braço de carne poderia realizar; o sangue do cordeiro posto naqueles umbrais, é representação de uma libertação espiritual, que viria a ocorrer pelo próprio Filho de Deus, quando do derramamento do seu sangue como O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29).
Sabemos também que, enquanto existir um judeu na face da terra, este memorial deverá ser celebrado; pois como revela ÊXODO 12.14 este é perpétuo, jamais seria destituído, por isso é que o próprio Jesus, sendo judeu, o celebrou.
A Bíblia revela, uma vez dado inicio o ministério de Jesus, a celebração de duas Páscoas, donde se conclui também, que o Ministério de Jesus teria durado de dois anos e meio a três anos.
Muita introdução poderia ainda ser dita, mas quero afinal chegar ao ponto definitivo, visto existir como sub-titulo em muitas Bíblias a palavra CEIA. As pessoas ainda não tomaram conhecimento de que a Bíblia, originalmente, não possui divisão de capítulos, e muito menos de versículos, e nem tampouco estes subtítulos que vem sobre os capítulos das nossas modernas Bíblias.
A palavra ceia significa Refeição da Noite ou jantar, e em virtude de para os judeus cada novo dia ter inicio as 18(dezoito) horas, fica claro que, quando eles davam inicio a celebração do memorial de libertação do Egito, o que para eles era um novo dia, para nos, cuja cultura é extremamente diferente, pode ser chamado de ceia, contudo nunca deixará de ser a Páscoa. Diga-se de passagem, esta festa judaica é para eles tão importante, que eles a celebravam por quarenta e oito horas (João 19.31).
Se me podem suportar ainda, me permitam provar que Jesus celebrou a Páscoa, deixando a observação dos seguintes textos.
Em Mateus 26. 17 – 19, não é possível negar o fato. Aí está a Páscoa.
Em Marcos 14. 12 – 16, negue quem quiser. Aí está a Páscoa.
Em Lucas 22. 7 – 15, aí está, mais uma Páscoa. Em João 13. 1 – 2, mais uma Páscoa.
Sei que não é necessário, mas me permitam dizer. Ai não está quatro Páscoas, alguns textos são sinóticos, ou seja, falam da mesma coisa, é uma repetição.
Agora, para aqueles que conseguem suportar-me ainda, estarei nas próximas linhas provando e apostando a vida, que o ritual desta celebração continuou exclusivo para os judeus, nada tendo haver conosco, gentios.
Nos textos mencionados anteriormente, não conseguimos detectar nenhuma ordenança de continuidade desta celebração, e em virtude de dizermo-nos discípulos de Cristo, poderíamos encerrar o nosso estudo por aqui; pois, não sou seguidor de Paulo, Pedro, Tiago, ou João; sendo assim, pouco me importa o que eles tenham feito, ou dito, visto as regras para a Igreja, serem obrigatoriamente procedentes de Cristo, o seu fundador, e estas regras só podem proceder de Mateus, Marcos, Lucas, e João (O EVANGELHO).
Bem, mesmo considerando inacreditável, que alguém possa apoiar-se em cartas e epístolas para criar regras para a Igreja, vamos mesmo assim examinar o texto mais usado pela maioria das Igrejas quando desejam falar do ritual da ceia. Eu sei que alguns ficam chateados quando me refiro à ceia como ritual, mas não existe outra palavra a ser empregada, visto todas as práticas rotineiras serem chamadas de ritual. Não tenho intenção de ofender, apenas estou usando a palavra cabível dentro do nosso idioma (vide dicionário).
O Texto ao qual me refiro, é o de I Cor. 11. 23 – 26; o qual o nosso irmão Paulo, afirma ter recebido do Senhor, e quanto a isto não há problema algum. Contudo, quero afirmar, que receber é um fato, e entender pode ser outro muito diferente(Dn.12.8,9).
De todos os textos que examinamos, o único que diz, FAZEI ISTO TODAS AS VEZES QUE BEBERDES (verso 25), e TODAS AS VEZES QUE COMERDES (verso 26) é este.
Ante as expressões sublinhadas, gostaria de lembrar a quem Jesus está se dirigindo. Muitos diriam aos apóstolos, ou discípulos; contudo eu acrescento. Apóstolos e discípulos JUDEUS. Isto mesmo, os quais estariam de ano em ano comemorando esta mesma festa, pois este ritual foi dado como memorial PERPÉTUO exclusivamente a eles (JUDEUS). Ano após ano, quando os judeus, embora agora também cristãos, mas sem deixar de serem judeus, estivessem celebrando a Páscoa como memorial da libertação física do Egito, agora também, estariam celebrando o cumprimento da tipificação do cordeiro Pascal imolado para libertação do cativeiro espiritual, mediante toda a autoridade, ora, concedida a Igreja.
Permita-me provar que, se Paulo estiver correto, também eu o estou; pois ele usa a expressão, anunciais a morte do Senhor ATÉ QUE VENHA. Ora, qualquer criança que estuda a Bíblia, já sabe que Jesus não voltará para a Igreja, que a Igreja não verá a volta de Jesus; pois a mesma será arrebatada. Contudo, a profecia de Zacarias fala com clareza que, a volta de Jesus é exclusiva para os judeus e ninguém mais. Haverá um total de três manifestações de Jesus na História de Israel. A primeira foi no Egito; a segunda quando o Verbo fez-se carne e eles rejeitaram; e a terceira será essa que Paulo diz ...até que venha (que é a implantação do milênio); pois a Páscoa é memorial de libertação, e quando da terceira manifestação de Cristo aos judeus, eles, mais uma vez, estarão cercados pelo exercito do anticristo, na famosa guerra do Armagedom ( vale entre o Mar da Galiléia e a Cordilheira do Carmelo).
Bem, então, fica óbvio que, se este ritual trás em si um anúncio, está evidenciado que ele não pode estar sendo anunciado pela Igreja em ceia alguma, mas sim pelos judeus nas suas Páscoas; pois o (até que venha) dito por Paulo, só pode ser anunciado pelos judeus.
OBS. Queremos lembrar que, NENHUM dos apóstolos que PARTICIPARAM da celebração daquela noite de traição mencionou JAMAIS o fato, quer chamando de Ceia, ou mesmo chamando de Páscoa. Somente Paulo, e exclusivamente em Corintios, demonstra ter cometido este erro de interpretação, o qual em verdade, NÃO é mencionado em suas outras doze cartas.
Acredito que o erro de Paulo esteja ligado ao fato de o mesmo não ter sido participante de nenhuma das Páscoas que Jesus celebrou. A conversão de Paulo data de mais ou menos vinte anos depois de Cristo, e anteriormente ninguém falou de Ceia alguma (vede Atos 15:29).
Mais uma vez me permita dizer que, estou pronto a apostar a vida e aceitar quaisquer desafios nesta minha bíblica convicção, de que O Senhor Jesus não deixou, para a Igreja gentílica, absolutamente, nenhum ritual que gire em torno de comida ou bebida.
Tem gente que diz que o Senhor acabou com a Páscoa e instituiu a ceia. Já provamos que isto não tem como ser realidade, a Páscoa é perpétua.
Existem alguns textos que, algumas pessoas retiram de seus próprios contextos, e usam como verdadeiros pretextos evasivos; vejamos.
Em João 6. 47 – 59, temos um texto repleto de SIMBOLOGIA, e para explicar cada uma delas precisaríamos de algumas aulas de seminário a respeito de simbologias bíblicas, matéria que, infelizmente, poucas pessoas dominam. Mesmo assim me permita falar algumas básicas do texto em questão.
PÃO significa a nossa necessidade diária (necessitamos de Jesus diariamente).
CARNE significa as situações do nosso mundo natural. E Jesus diz no verso 51, darei pela vida do mundo, demonstrando em fim, que, tal qual um homem (I João 4. 2 –3), estaria realizando uma obra no mundo dos mortais.
O SANGUE significa que Jesus iria ao extremo entregando a própria vida.
Em fim; comer a carne e beber o sangue, nada mais significa que, ser participante da mesma OBRA (CARNE), e das mesmas AFLIÇÕES (SANGUE). Ou seja, ter os mesmos ideais.
Mesmo que não houvesse nenhuma explicação sobre este texto de João seis, ele não apresenta nenhum conflito com nada, o que nunca se poderá fazer, é pegar este texto, e aplicar no contexto de Páscoa ou ceia; pois não é sobre isto que trata o assunto.
Quero apenas deixar mais uma breve lição. Em nenhum dos relatos encontrados no EVANGELHO (Mateus, Marcos, Lucas, e João), conseguimos achar a expressão ATÉ QUE VENHA. Ou seja, Jesus não a mencionou. Sendo assim, quero lembrar que estou apenas fazendo um comentário, se fosse o caso de Paulo estar correto em sua afirmativa. Todavia, quero ser redundante em esclarecer que, todas as doutrinas malucas que tem surgido, como predestinação, usos e costumes e etc, são sempre fundamentadas em alguma carta ou epístola, e nunca no Evangelho de Jesus que é a ÚNICA REGRA para a Igreja.
Pr. Tupirani H. Lores. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário